Opa, aqui mais uma seleçãozinha de músicas temáticas interessantes ‘-‘
Curtam \o/
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Curtam \o/
E a gente!
Olha, com carinho lhes apresento esse conto, um dos que mais gostei de fazer e que mais me deu trabalho kk. Gostaria que, se possível, me falassem de alguma maneira, via comentários aqui, no facebook, email ou telepatia o que acharam deste conto, o que eu poderia melhorar e coisas do tipo, pq acho interessante um conto que utiliza música para dar um toque especial.
Espero que gostem.
O conto não tem o mesmo efeito sem a música, então aconselho que ouçam ao mesmo tempo que leem.
Boa leitura o/
Em meio aos destroços e fumaça, quase que escondido pelo desfiladeiro, estava aquele avariado e abandonado galpão, o único sobrevivente. Suas luzes piscavam e a iluminação variava devido à danificada rede elétrica, porém, por seus enormes buracos no telhado, um incessante barulho escapava de seu interior, quebrando o silêncio daquela desolada paisagem.
Por trás das ferragens e da destruição, em um canto escuro e quase ileso, um solitário ser trabalhava incessantemente, iluminando em intervalos padronizados sua localização. Seus desgastados braços martelavam repetidamente o metal que era trazido à sua frente, soltando faíscas em todas as direções, porém estas não incomodavam seu metálico corpo ao ricochetearem.
Soltou o agora moldado metal e a danificada esteira o levou embora, trazendo mais um para ser trabalhado. Era esta sua função. Substituir a máquina de molda enquanto esta deveria ser consertada, porém ela nunca o seria.
Tinha que trabalhá-los, criá-los, fazê-los, criar-nos.
Mais duros.
Melhores.
Mais rápidos.
Mais fortes.
Uma velha viga despencou do telhado a uma distância segura. O destruído ambiente não o incomodava. Não fora programado para se importar, apenas para concluir aquilo para o que foi designado, e, apesar de possuir um limitado potencial, não deixaria sua função.
Tudo que tinha que fazer. Tudo o que sabia naquele instante.
É que tinha que trabalhá-los, criá-los, fazê-los, criar-nos.
Mais duros.
Melhores.
Mais rápidos.
Mais fortes.
O pedaço de metal que moldara foi levado, caindo em uma gigantesca pilha ao fim da esteira, onde deveria ser recolhido.
Trabalhar mais, criar melhor, fazer mais rápido.
Para nos fortalecer.
Um pedaço de sua ferramenta se desprendeu, porém sem prejudicar suas funções. Estava com seus componentes muito desgastados, fazendo com que seu esforço não fosse mais o suficiente. Aumentou seu ritmo de trabalho ao perceber que a nova peça de metal chegara e quase não havia terminado de moldar a atual. Seus braços moviam-se rapidamente tentando compensar o tempo perdido, emitindo um barulho característico. Não poderia parar a produção. Fazia este esforço extra como se a vontade de sobreviver de todos seus não mais existentes companheiros o impulsionasse. Ele faria com que se reconstruíssem.
Seu trabalho nunca poderia parar.
Seus sensores perceberam um movimento repentino e não planejado. Fumaça saiu da junta de um de seus braços, fazendo com que o chacoalhar emitisse um som metálico característico. Seu trabalho fora comprometido. Marteladas inconstantes faziam o metal não ficar moldado da maneira correta.
Pane. Em um ritmo muito maior que o seguro, martelava o ar descontroladamente. Tentando restaurar o controle, forçou seu membro para baixo, porém isto apenas piorou a situação, fazendo com que acertasse sua perna multiplas vezes com toda a força que poderia exercer.
Mas seu trabalho nunca poderia acabar.
Com a força que se acertara, foi ao chão, continuando a martelar apenas o ar a sua frente. Em uma ação que concluiu ser a melhor, terminou e quebrar sua já inútil perna. Arrancou-a e com dificuldade se levantou com os membros restantes, apoiando-se na esteira tentando fazer uso de seu descontrolado braço para moldar os metais que lhe eram trazidos.
Trabalhá-los!
Criá-los melhores!
Fazer mais rápido!
Fortalecer-nos!
Mais do que nunca, seu trabalho não poderia parar!
Esforço extra!
Seu trabalho nunca acabaria. Não poderia acab-
Seu peito explodiu, fazendo a placa protetora de metal voar chocando-se com a esteira e rodopiando até parar em uma pilha de destroços. Faíscas saíram junto com um pouco de fogo e muita fumaça. Todo seu corpo sofreu movimentos involuntários e novamente foi ao chão, fazendo um enorme estardalhaço. Seus capacitores começaram a descarregar. Aos poucos se aquietava. Seus sensores óticos começaram a falhar, e logo depois, seus sensores auditivos.
Seu descanso viera.
Seu longo trabalho que nunca poderia acabar finalmente havia acabado.
Pessoal, fiz este conto com uma característica especial. Para uma experiência interessante, coloquem este vídeo abaixo (derp) para tocar e tentem ler ao ritmo da música, acompanhando os trechos.
(Se quiserem pular o solo, ele vai de 2:48 até 6:30)
Quem quiser acompanhar a letra e tradução:
http://letras.mus.br/bb-king/97903/traducao.html
Espero que gostem.
Não sou mau, apenas acho que todos deveriam ter morrido a essa altura.
Atirou.
O corpo do gordo e machucado homem caiu estremecendo.
Mirou na cabeça da mulher aos prantos.
Atirou.
O sangue espirrou aos pés do homem que se debatia, trazendo certo asco ao atirador. Não gostava de ver sangue espirrando assim. Abaixou-se e pegou a pistola no chão, lhe seria util.
Saiu da carreta e respirou o puro ar da madrugada, como gostava daquela sensação. A essa altura nem se lembrava mais do mal cheiroso ar das velhas cidades grandes. Foi até seu carro e colocou música para tocar alto, “Three o’ clock blues”. Como sentia vontade de fumar um maldito cigarro ouvindo aquele blues.
“And i can’t be satisfied…”
Retirou o corpo do motorista da direção e arrastou-o até atrás da carreta.
“I’ve looked all around me, people.”
“And my baby, she can’t be found”
Jogou os outros dois corpos da carreta junto com o do motorista.
“You know if i don’t find my baby”
“I’m going down to the golden ground”
Olhou para o céu e suspirou curtindo o delicioso solo da música. Como gostava daquela sensação, como se a música o possuísse. Acendeu um cigarro e ficou a dançar sozinho, sorrindo a toa.
Trouxe os corpos para fora da estrada.
“Goodbye everybody”
“I believe this is the end”
Jogou gasolina em cima dos corpos.
“I want you to tell my baby”
Deu uma longa tragada e acendendo o isqueiro, travou-o para que a chama não desaparecesse.
“Tell her please please forgive me…”
Arremessou o flamejante objeto.
“…forgive me for my sins”
Ae gente!
que tal umas musgas pra aproveitar o final de semana ein?
Começamos por Rolling Stones!
E para aqueles que gostam de músicas enquanto dirigindo, se imaginem naquele 4×4 equipado em um enorme deserto feito pela detonação de uma bomba nuclear ouvindo essas abaixo!
Cliquem no botão “Lista de Reprodução” para verem o resto das músicas!
Eu tinha colocado mais uma porrada de música na playlist, mas as gravadoras são grandes fanfarronas e bloquearam adcionar certas músicas à playlists, é mole?
Já que é assim, aqui vão links de algumas músicas que saíram:
Se estas faltassem enquanto estou na estrada (não dirigindo senão mato uns kk) eu morria de desgosts.
Espero que gostem o/